Reflexão sobre o Tema 1

Não posso dizer que o trabalho por mim realizado sobre o Tema 1 tenha-me corrido às mil maravilhas. Entre uma entrada atrasada por 10 dias nesta UC, uma doença pelo meio e várias alterações ocorridas na minha vida profissional, levaram-me a dedicar menos tempo do que pretendia. Espero, futuramente conseguir contribuir mais para esta aprendizagem colaborativa.

Neste tema 1, focalizamo-nos no estudo do processo de investigação, nomeadamente na identificação dos paradigmas e métodos de investigação em Educação e na definição das etapas do processo investigativo.
Esta fase foi bastante interessante, principalmente para compreendermos de que forma os paradigmas podem influenciar/condicionar os métodos a utilizar na investigação. Posso assim resumir que existe um consenso em verificar a existência de 3 paradigmas: Positivista, Interpretativo e Sociocritico. Tal como referiu a minha colega Anabela num fórum: “Um paradigma reflecte uma visão, um modo de entender/agir, de viver/ conviver perante o mundo”. Também parece ser consensual referir que a grande maioria da investigação em educação é suportada por dois tipos de métodos de investigação - quantitativa e qualitativo - sendo que o primeiro tem geralmente por base um paradigma positivista e o segundo o interpretativo.



Tendo por base esta suposição, continuo a não concordar com aqueles que referem que “A co-existência de paradigmas não será factor a desprezar, dado não existirem barreiras intransponíveis entre eles”, pois considero que o paradigma positivista entra em contradição com algumas os métodos qualitativos, já que estes não têm como finalidade a generalização dos resultados, sendo que se tratam de métodos específicos para estudar situações contextualizadas e em que o investigador reconhece a sua parcialidade. Tal como já afirmei num fórum, considero que o contrário já é possível, isto é, o uso de metodologias quantitativas tendo por base um paradigma interpretativo ou até sociocritico, já que neste caso, o investigador já fez uma desconstrução da visão de neutralidade da sua posição como investigador, assim como, dos possíveis resultados generalizáveis a todos os contextos. Pois tal como salientou o colega Alcino: no “ponto de vista estritamente khuniano, a coexistência de diferentes paradigmas ocorre apenas num período muito específico, a que T.Khun chama "ciência extraordinária"; esta fase extaordinária decorre da crise do paradigma dominante e da tentativa de emergência de novo(s) paradigma(s).Depois, quando um novo paradigma se impõe, o trabalho científico passa a ser feito dentro desse paradigma (esta é a fase a que Khun chama de "ciência normal").”. E tal como refere depois o colega Carlos: “o paradigma não se traduz apenas pela definição metodológica; ele afecta a forma como se coloca o problema, o tipo de dados a recolher, a forma como se tratam esses dados e, inclusive, as próprias conclusões. As diferentes perspectivas ou paradigmas não se limitam a definir metodologicamente os procedimentos necessários ao processode investigação. Estas contaminam também a forma como se aborda o problema, os dados que são necessários recolher, a forma como esses dados são tratados ou processados e consequentemente as próprias conclusões da investigação” ou como realça a Anabela: “Os paradigmas são teorias ou modelos de referência que regulam os procedimentos. São os paradigmas que definem os métodos a usar. Contudo, o paradigma não se traduz apenas pela definição metodológica; ele afecta a forma como se coloca o problema, o tipo de dados a recolher, a forma como se tratam esses dados e, inclusivamente, as próprias conclusões. Deste modo, os métodos dizem respeito a um conjunto de regras, usadas de forma racional e sistemática com o objectivo de atingir um fim, e são definidos pelo paradigma que o investigador utiliza. Sintetizando o trabalho de investigação engloba referentes que permitem a triangulação entre o problema, teoria e o método.”

Para além do debate expansivo sobre a relação entre os paradigmas e os métodos, tivemos também de reflectir sobre as etapas do processo investigativo. Nesta fase, cada grupo de trabalho realizou uma proposta de fluxograma e, posteriormente, debateu-se os vários fluxogramas apresntados. No que me diz respeito, fiquei com muitas dúvidas quando à possibilidade de se poder generalizar os passos a percorrer numa investigação, independentemente de esta ter por base um paradigma quantitativo ou qualitativo. Permaneço com incertezas em como seguir as mesmas etapas procedimentais, por exemplo, numa sondagem ou num projecto de investigação-acção e, por esse motivo, tive alguma dificuldade em me manifestar no fórum dedicado a esta temática. Vou entretanto fazer algumas pesquisas extra nesta área, para poder expor de forma teoricamente mais suportada esta minha visão. Pode ser, que com o prosseguir na construção colaborativa das aprendizagens nesta UC, venha a altera esta minha posição – nessa altura postarei essa minha nova concepção da situação.

1º Post

Este blog nasce da necessidade de reflectir sobre as actividades e trabalhos realizados na Unidade Curricular de Metodologias de Investigação em Educação. Apesar de ter um inicio mais tardio do que o inicialmente desejado, espero, prontamente, tornar este blog num espaço actualizado e reflexivo.    
Assim, como proposta inicial temos de identificar os paradigmas e métodos de investigação em Educação, definir as etapas do processo investigativo e a traçar as características de um relatório de investigação.
Para iniciar esta actividade, foi nos proposto a leitura da dissertação: Alves, A. (2007). E-Portefólio: Um estudo de caso
Além do Conteúdo interessante sobre a forma como se pode utilizar o e-portefólio como ferramenta pedagógica, junto de alunos do 3º ciclo. Esta dissertação, ajudou-me a compreender, bastante melhor, como se pode utilizar a método de “estudo de caso”-  método qualitativo.

Seguidores